sábado, 27 de fevereiro de 2010

Hoje eu não quero mais nada

Hoje eu não quero mais nada,não quero escrever,quero ficar em silêncio,me sinto muito
triste,queria ficar sozinha ,mas não consigo,não posso,é muito deprimente se sentir
como uma coisa vazia ,sem ter o que dizer, só sentindo o que não se consegue expressar em palavras,nem em lágrimas. Hoje eu queria fugir par um lugar bem distante
onde eu pudesse gritar o que não consigo porque me sinto presa ,contida e nem sei o que é que gostaria de gritar.
a única coisa que sei é que por algum tempo vou parar de escrever ,porque me sinto como se tivesse me esvaído ,meus sentimentos estão confusos ,e não quero falar de coisas confusas ou que eu não entenda direito o que sinta,preciso de um tempo.
Peço desculpas a quem me lê ,mas não quero jogar meus lixos sentimentais sobre o que mais amo que são meus poemas.

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Hoje eu não quero mais nada

Hoje eu não quero mais nada,não quero escrever,quero ficar em silê

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Segredos

Guardará meu silêncio
como seu segredo
mesmo em um horizonte
de espelhos abertos
marcado por águas de rios
em pequenos riachos
sangrando como minúsculas veias.
Guardará meu segredo
no eco do esquecimento do destino
como um milagroso sacrossanto ocultado
de uma silenciosa luz
na mensagem do céu das estrelas
pelas chuvas dos mananciais
de que florescerão as rosas brancas
secretas rosas de alvura incólume
conhecidas apenas pelo cantar das poesias
que lhe há de erguer o véu da névoa
assim guardará meu segredo
na mensagem de meu próprio silêncio.

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Renascer

Fugirei em uma estrela
nas chuvas dos cristais
de tuas lágrimas.
Fugirei no vento norte
se fizer ecuros de silêncio
beijarei o céu estrelado
e a lua de marfim
nascerá prateada
por sobre os montes
acariciando os ventres
que estão por parir.
Fugirei em uma estrela
com brilho de cristal
e verei o parir das noites
em luares prateados de vidas
beijarem os céus escuros de silêncio.

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Tristeza

Quando convoco as lembranças do passado
suspiro pelo pensar que fui buscar
afago olhares de lágrimas raras
dos amores já suspirados
deplorando os que desapareceram
lamento os erros esquecidos
chorando o chorado já sofrido
no ouro infinito das tardes mortas
nos arvoredos da tua memória.
É suave a minha dor
meu ser rememora sentir o ardor
na noite deste vago anseio
não tem manhã
são olhos fechados e ouvidos cansados
não escutam a canção que cantas
aos meus pés e me deixas só
porque a voz não é tua
pois cantas por ti
um segredo que nunca percebi.

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Redenção

Que eu assome das profundas camadas
de entre as sombras das frias nudezas,
no escárnio que recobre as entranhas
dos que dormem em lençõis de hipocrisias,
bendizendo o corpo que me redime
sem o pudor da racionalidade dos moralistas
peles de peles de epiderme
comungando em suor e sangue.
Que eu assome nua e absurdamente bela
corrompida pela paixão que me devora
salva dos circos que rodeiam as mentiras
nas mãos entrelaçadas das cascatas tênues
dos riachos em que somos fontes.
Os pássaros cantarão distantes
nas violetas que esperam para desabrochar
chuvas de pétalas regarão o solo
na minha entrega nua
que cegará o olho visceral das maldades
porque estarei fundida em um só amor
fecundaremos a primavera
das auroras que virão
nas gotas dos orvalhos das rosas puras
molhando a terra e grama com nosso suor
porque a fizemos cama no nossso cru amor.

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Inoscência

Olhai as pedras e as fontes
a água macia
desce rasgando fendas
disvirginando pedras
cada vez mais pura
e cai mansamente
em suave leito
que escoa em pequeno riacho
que corre sem destino.

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Finitude

Minha memória perdeu-se
no giro turbulento da multidão
já não sinto o vento
balançando tristemente minhas folhas outonais
o velho beija-flor ,meu amigo da eternidade,
bate tristemente as asas sem força
alimenta-se do doce mel que lhe ofereço
vejo que ele sabe logo o perderei mansamente
não no mundo do esquecimento,
pois seu trinar será meu belo sussurro
teimosamente gravado na minha memória
e nem a brisa dos anos que se passam
soprarão a doce melodia que acompanhará
o sono deste amigo que aqui ficou repousando um pouco mais
nem a finitude dos ocasos de meus dias
serão os ocasos da melodia deste meu amigo canoro
talvez um dia perdido em memórias de meu último inverno.

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Solidão

Por algumas ruas transitei
andasse como Ana ou Maria
renasci e morri a cada dia
me tornei complexo no meu universo
e perplexo com o que deparei
multiamei num círculo de luz
e na rosa dos ventos me entreguei
incógnito e invisível: UM
Me consolei em versos inúteis
que eu mesmo lia e não compreendia
não fui feliz ,nem aprendiz!
Enquanto transitava incógnito e invisível
passei duas vezes pela estação do trem
surdo não escutei o sinal
me perdi em sonhos
e o amor passou,parou e embora se foi
tive tanto medo do gélido frio que me encolhi
e quando encontrei o verso certo: Te Perdi!

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As brancas polifaces do amor

O amor recebe as farpas da lança
em tom de magia de um prisma
brancas polifaces que nunca barganham
não mata,suporta o muro das desilusões perdidas.
Ao contemplar o espelho
não procura pela própria imagem
se reflete em outro rosto
de amantes com jorros de sangue
que caem em braços de entrelaços
se espalham pela relva macia dos corpos em chama
e rastejam sem pudor implorando a volta
em vão imploram e não se arrependem
em arremedo de amor podem se transformar
são polifaces dos cacos colados com a dor
que se refazem em novo amor.

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Fecundação

Fecunda lição dos liames do tempo
logo nos trará o tempo do amar e do desamar
o chão se verá corrompido
os amantes em carne se sentirão fecundos
como a pedra que irrompe na fonte límpida.
É tempo de amar agora
como boi e grão
um partir sem fome
olhando o céu eo coração batendo
juntando os rostos e dizendo:-Amamos!
Espalhando na terra
o esperma do amor
pelas sementes carregadas nos bicos dos beija-flores
em seu revoar pelos infindos jardins
em solo cobertos por amantes
que se amam e transcendem se renovam em eternos amores.

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O desejo é fome insaciável que deixa a porta sempre aberta

O desejo é uma curva
onde o corpo como cachos de vida
ceifa a vergonha ,se perde e se fermenta
como o verde vinho tão raro em sua procura.
O desejo pode simplesmente não durar mais que o tempo
é como teia tecida em algum verão lunar
simplesmente o ocaso pode levar em ventos e tempestades
mas a moça de sonhos ,que sentiu o entorpecer dos sentidos
e o rasgar dos tabus ,em ilusão afoga a menina
enlouquecida ,com as pálpebras abertas busca
não promete nada ,se renova
seu desejo é como as ondas do oceano
ele busca e se espraia
para logo depois buscar outra onda.
O desejo é fome ,é sede insaciável ,é belo
é o champagne da paixão e do amor
sobrevive a momentos ,é guardado para sempre
escreve capítulos de uma vida em doces sonhos
vida que por sonhar não morre
quando dobra a curva da eternidade.
O desejo e as paixões são pedaços de amores
que fecham os olhos lentamente
de quem teve a felicidade de vivê-los.
É a eterna passagem que deixa o sorriso
na face tranquila e feliz de quem realmente viveu
porque sempre esteve de portas abertas para amar...

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Insanidade

Ah!As emoções profanas!
Como é doce sentir as emoções profanas
como é suave o rasgar das brancas vestes!
Misturar o som dos corações palpitantes
como é belo o amor profano!
O amor em suave arremesso
que invade em águas de paixão sentida
arrasta na correnteza do infinito
faz-nos agarrarmos um ao outro
nos afogamos e nos entregamos
extasiados por uma emoção insana
vagamos nesse rio profundo...
Nem a alma sabe porque se fez nua
domamos o tempo e o sentido
Tudo flui ávido,vivido
a realidade já não importa
deixamos o embalar do amor traçar nossos caminhos
que de tão profanos não se julgam
porque se entregam nas mãos da eternidade
que não separa o que se faz tão belo.

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Balada de um Desencontro

Negue-me quando me olhar
e eu jamais me encontrarei
no meu peregrinar
verei sempre sua sombra ao longe no horizonte
nâo terei uma rede para molemente descansar
nem seu perfume de mar entrando indiscreto .
Quando eu passar me chame
me estremeça e como uma flor me beije
me faça deitar contigo na rede
e deixar a brisa ser nossas vestes
e quem passar sinta uma vento quente
bater em sua alma e em seu corpo
E que depois nos ouvidos
leve consigo o sussurrar do sentido guardado
do doce amor dos nossos suaves suspiros.
Por isso quando eu passar
me chame pode ser que só tenhamos um encontro
se não nos reconhecermos o tempo
nos carregará para longe
nossas almas se dirão : _Adeus...

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Eternidade

Nas ingratidões e nas lutas
dos equívocos das nostalgias
renasce todo dia
no vôo solitário da borboleta
pousada delicadamente
nas pétalas da rosa do amor
para voar e revoar
sobre a delicadeza das margaridas
porque o amor não morre quando infinito
não morre no descanso da carne
vem beijar todo dia
e renascer em cada pétala
nunca sei em qual beijo de borboleta
que vôa livre por sobre os muros
guardando o momento seguinte
não dá adeus
não aprisiona
por segundos suas cosres se misturam
depois alça vôo e some entre o céu e o vento
e todo dia eu sento
longe da ingratidão do esquecimento
para ver o suave pousar
deixar em meus lábios
o doce sabor do amor que se sente
infinito nascimento de almas
apesar dos equívocos de todos os dias.

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Caminheiro

Nasci em largo seio
por natureza fui crescendo
por grandes caminhos
vidas se foram cruzando
entre o bem e o mal.


Cresci no passo do tempo
com uma mensagem dentro
como um vento
na sombra de campos abertos
de ilusões e maldades


Desejei caminhos entre flores
entre rios e terras etéreas
num céu de estrelas
mirava a sombra das letras
com seus ramos de poesias
com coração de poeta
não ouvi chegar os caminhos
nem que havia caído o tempo
guardei somente meu pensamento caminheiro.

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Quando a rosa eterna viajar no céu.

Quando as rosas eternas
se transformarem em estrelas
e viajarem no céu
como uma luz
florescerão brancas
em jardins escuros
não se apagarão as chamas
que deixarão acesas
em cada alma escura
florescerá a rosa de ébano
com pétalas mescladas
de sonhos e esperanças
para todas as raças
e voltará à vida
a rosa do amor eterno
da alma de luz
que viajará no céu.

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