sábado, 29 de maio de 2010

A rede que lhe ofereço de amor

eu lhe ofereço meu coração
meu peito,meu corpo
quero lhe dar meu amor
e uma rede para o corpo abrigar
o amor que vai chegar

o amor que deseja se manifestar
não como fagulha de papel queimado
mas em toda a sua plenitude
simples,discípulo apenas do próprio amor

o amor que deseja ver chegar
não se confunde com o onda do mar
não quero que deixe apenas maresia
que só se deleite do remanso
do meu peito pescador.

o amor que desejo que venha carregado pela onda
para em porto seguro desembarcar
de intensa vibração,
que não só deseje ,mas que ofereça guarida
para quem fica longe da rebentação,
deitado na rede onde para sempre faremos amor.

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Um Amor de Mentiras

um amor se vê perdido
quando se vê inimigo
e este não é amor
não se vê próprio rosto
este não é amor
se há pressa e asas
este não é amor
se o destino se desvia
este não é amor
se o corpo é a casa de um crime
não há amor
se meus olhos nãom te vêem em vida
não haverá amor
se viverei de horizontes em horizontes
não poderei te amar
e se além for o meu final
não viverei nunca o amor
serei uma ilusão repleta de mentiras
corpos doados por amores de mentiras.

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O Amor do Silêncio e das Marés

intimidade uma maneira metafórica de amor
não existe bonito e feio
deixa de parecer bonito
quando deixa de ser bom
e parece lindo
quando transforma-se completamente
em movimentos das águas
no silêncio das marés
nasce dos instantes inesperados
vem sem intransigências
perplexo do eterno desejo
dádiva de outros amores
flui de mim também a esmo
em sabor de impaciência
e nem sequer tem tempo perdido
nem mesmo quando sua luz me consome.

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O Mar

ondas gigantescas vem de mannsinho
desmanchando-se carinhosamente aos meus pés
vem gritando ao longe
palavras que eu sussurro repetidamente
e escuto em uma eterninade:
LIBERDADE,
viro-me e retorno sobre meus pés
quando olho o horizonte
mais um pôr-do-sol
refugio-me na escuridão
que não tardará a chegar.

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ondas gigantescas vem de mannsinho
desmanchando-se carinhosamente aos meus pés