segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Finitude

Minha memória perdeu-se
no giro turbulento da multidão
já não sinto o vento
balançando tristemente minhas folhas outonais
o velho beija-flor ,meu amigo da eternidade,
bate tristemente as asas sem força
alimenta-se do doce mel que lhe ofereço
vejo que ele sabe logo o perderei mansamente
não no mundo do esquecimento,
pois seu trinar será meu belo sussurro
teimosamente gravado na minha memória
e nem a brisa dos anos que se passam
soprarão a doce melodia que acompanhará
o sono deste amigo que aqui ficou repousando um pouco mais
nem a finitude dos ocasos de meus dias
serão os ocasos da melodia deste meu amigo canoro
talvez um dia perdido em memórias de meu último inverno.

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