terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Redenção

Que eu assome das profundas camadas
de entre as sombras das frias nudezas,
no escárnio que recobre as entranhas
dos que dormem em lençõis de hipocrisias,
bendizendo o corpo que me redime
sem o pudor da racionalidade dos moralistas
peles de peles de epiderme
comungando em suor e sangue.
Que eu assome nua e absurdamente bela
corrompida pela paixão que me devora
salva dos circos que rodeiam as mentiras
nas mãos entrelaçadas das cascatas tênues
dos riachos em que somos fontes.
Os pássaros cantarão distantes
nas violetas que esperam para desabrochar
chuvas de pétalas regarão o solo
na minha entrega nua
que cegará o olho visceral das maldades
porque estarei fundida em um só amor
fecundaremos a primavera
das auroras que virão
nas gotas dos orvalhos das rosas puras
molhando a terra e grama com nosso suor
porque a fizemos cama no nossso cru amor.

Marcadores:

1 Comentários:

Às 21 de março de 2010 às 18:02 , Anonymous claudia riffel disse...

Tu és linda e isso é mt mt lindo...sou tua fã!!! continues escrevendoooo adorei...te amoooooo!!!!

 

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial