segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Eu não vi a rosa matizar

Alguns dias a angústia toma conta de mim,olho ao meu redor,vejo minha família feliz,meus filhos sadios ,puros,perfeitos,algumas pessoas que amo amigos também mas a
angústia me abate,porque porque uma parte de mim em algum momento da vida em que eu
não enxerguei deixei que seu caminho se tornasse tortuoso e sua vida que eram como uma rosa de pétalas brancas se tingissem e a roseira que me fora colocada para cuidar ,entre mesclas de espinhos foi ficando mais inatingível ,com espinhos mais duros , que me impediam de me aproximar ,já não podia mais protegêla,tornou-se solitária,bela,solitária,dura,rainha numa solidão de vaidades ,tão diferente da semente plantada,rodeada pelo egoísmo das ervas daninhas,dos cipós que a ela se agarravam ,não por amor ,mas para sugá-lka em sua própria sobrevivência.Nada sentia e
eu nunca mais nada pude fazer porque na busca de se tornar uma rosa rara não reconhecia mais quantos corações precisava atrair para o eterno sacrifício de seus espinhos .
Não li nas entrelinhas que quando botão segurava-se entre os braços e perdia-se ao longe ao som de uma canção que falava de esperança e deixava-se balançar pelo sonho ,
em meu egoísmo de correr pelos campos para tudo ver deslumbrada pelas cores da vida
eu não vi a minha pequena rosa matizar .

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