sábado, 5 de setembro de 2009

A Fome do Homem

A boca que acaricia o lábio carnudo
também é a boca fere
como a mão pesada que fica escondida
atrás do corpo que só sabia acariciar ao fazer amor
mas não mais sentiu e carne passou a ser só carne
o sentido é a saciedade do lobo pela presa
fome de fome ,sede de sexo
o coração engolido pela entranha
Ser visceral
A boca carnuda bebe o sangue
vampira sobrevivente, pulsante
desintegrante a cada raio de sol
a lua cheia já não ilumina
o amante do corpo entrelaçado na amante
mas o animal chafurdando na lama
charcos de bicho crescendo rasgando ventre
com sede e fome .
Já não existe grama e o sonho já não deita
para juntar-se aos fachos de estrelas e luares
os corpos não balançam mais na sinfonia do amor
embalados pelo sono da noite
brilhando nus à luz da lua cheia ,
mas rolam arrancando gritos e soluços
das sombras grotescamente
abafando a noite onde fachos puros são
nesgas para infiltrar-se na escuridão,
túnel fechado abjetos animais ,animais objetos
lábio carnudo de sangue
fere a mão escondida
que antes só sabia fazer amor
na carne sensível do coração pulsante
nas entranhas dos corpos
que rolavam na grama
embalados por músicas
que vinham dos sonhos das noites de lua cheia
e os transformavam em raios de sol de amor
das entranhas dos amantes
etrelaçados em peles brilhante e prateadas pela lua cheia.

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