quarta-feira, 1 de julho de 2009

História de um Bravo

Pelos fins dos anos de 1800,

Lá muito longe nasceu,

Um ser bem pequenino,

Que vinha à vida enfrentar

Quando menino sorria,

E pelos campos andava,

Em belo dia de sol,

Recebeu no coração

O beijo da valentia!

A infância foi deixando,

E logo homem tornou-se,

E a cada instante de vida,

Uma luta travou-se

Em seu corpo rijo

Que a derrota não conhecia!



Em linda noite de lua

Conheceu a mais bela estrela

E por ela se apaixonou

Lutando para não perdê-la,

Dizimou sem temor ou medo

Famílias ,inimigos,rivais,

e seuamor infinito conquistou!

Montando um lindo cavalo,

Carregou-a em sua garupa,

Tomando-a enfim como sua.



Muitos anos se passaram,

Vieram hijos ,hijos de hijos

E seu corpo forte de bravo

A todos eles acolheu

E nas querências por que passou

Seu nome ninguém esqueceu,

Pois fora um bravo nascido

No leito do Uruguai

Que tinha marcas no peito

Herdadas de seu pai!



A toda luta venceu,

A nenhum inimigo temeu,

E aos pagos longínquos

Seu corpo não retornou

Pois a vida o abandonou

E a morte o abateu!



Venâncio era seu nome,

Riffel sua arma de guerra,

Seu grito ainda ressoa

Valente por toda terra!

Índio forte,bonito,faceiro,

Nunca um bravo vencido

Nunca alguém mais temido

Porém tão querido!

No seu leito de morte,

Sua face lembra sua terra natal

Sem soltar um único ai

Ele é o Uruguai!



BRAVO!Valente ao nascer!

BRAVO!Valenteao viver!

BRAVO!Valente ao morre!








L

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1 Comentários:

Às 28 de maio de 2010 às 17:09 , Blogger roselia tomasi riffel d'arienzo disse...

este poema eu escrevi em 1980 no ônibus voltando para Soledade a´pos receber a notícia de que meu avô Venâncio Riffel havia falecido ,nunca respeitei tanto e nunca tive tanto orgulho das batalhas travadas por um personagem do que as que meu avô travou ao longo de sua juventude ,para poder sobreviver e casar com minha avó Francisca Soares Riffel.

 

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