domingo, 27 de dezembro de 2009

O Vento Atemporal

teu corpo quando o vento acaricia
estremece em júbílos de insano amor
nada profano, e eu em tua enseada,
tu és revolto mar ensofregado
tuas vestes de brancas espumas
me encharcam em risos ,
orgias vagas torna-me sombria
num entristecer ensurdecido
pelos lamentos soltos ao vento
e desaparecem no mais frio lamento
nas gargalhadas do vagalhão engolir,
quem te abraçou com verdadeiro amor
pensaste que era o vento a acariciar-te
e perdeste-te em infelizes agonias
O vento te carregou para longe
fingindo que te acariciava
e eu com meu amor singelo e despreendido
pacientemente te esperei na enseada
quando o via ao longe acenava esperando
que viesses em tuas brancas e suaves espumas
com lágrimas com sabor de maresia
.Esperava que trazido pelo mar revolto
lá vinhas tu,tão lindo e belo
entre surpresas e soluços corri
e carreguei-te nos braços,
entrelaçados nos cobrimos de espumas
e eu teu remanço na enseada.
Entendi! por isto não te prendi
porque estava entranhado
de um amor viandante
e não queria mais nada
do que o vento que me acariciava
Sussurrava palavras:
Amo-te porque sou livre ,
volto porque sou livre
Se me ama por ensejar
nossos encontos de amor e mar
para em sal da terra se transformar
e entrojar-se de luz
não mais a névoa
no entrelaçamente entrante enluarar
sem os vagalhões das vaidades
sem a ilusãoa do possuir
ser luz na enseada e se deixar amar
por amar tanto o mar
esperar infindos momentos
de vidas a entrelaçar
em ventos atemporais ,
como o lume do farol das eternidades

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